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Sobre o Eleitor do Bolsonaro

Eu me encontro pondo este argumento neste texto com o intuito de trazer alguma luz às pessoas sobre como funciona a cabeça de uma parcela dos eleitores do candidato Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, assim como chegar em uma conclusão que venha a ter utilidade para a vida qualquer um que leia este artigo. É uma peça extremamente temporal, como um quadro pausado em meio a um momento de extrema imprevisibilidade para o futuro de meu país.

Teríamos nós nos encontrado no momento o qual temos uma foto do nosso destino, ou uma bifurcação de nossas chances?

Mas, também sinto importância em informar, uma peça altamente sentimental. Visto de que pessoas eu me vi compelide a destilar esses mecanismos e retórica inicialmente.

Brevemente falando, eu morei por um ano e meio no Irã. Meu pai havia sido transferido na função de adido militar. Eu não desejava ir, mas após muito pelejar contra mim mesme, me convenci a acompanhar minha família. As motivações e consequências desta escolha não cabem aqui, mas sim o que se deu depois.

Graças a uma série de imprevistos sucessivos, assim como depressão e uma incapacidade minha de me remover de casa, passei a me encontrar no meu círculo familiar imediato de maneira intermitente. Quando não em casa, no mercado, no shopping center, viajando… Mas sempre.

Teria o inferno começado quando o Papai Noel deixou de existir?

A partir disso se deu uma situação na qual nossa relação se erodia aos poucos. Eu poderia dizer que a razão disto foram diferenças ideológicas, mas nesse enquadramento haveria diversas limitações. O problema não se encontrava nos posicionamentos dos meus familiares em si, mas na carga preconceituosa que neles vinha embutida. Minha reação a ela não foi adequada, longe disso. Mas isso também a este texto não cabe. Não escrevo-o para absolver-me de minhas faltas.

Por muito tempo vinha em mim a noção de que os preconceitos da parte deles eram atrelados de forma intrínseca a suas noções de mundo. Eu possuía, antes de ir, um medo de sequer ponderar sobre estas, considerada essa “carga”. Eu tinha medo de que na possibilidade vê-las como verdade, eu me tornaria preconceituose também.

Afinal, não teriam eles através de lógica atingido estas conclusões que acabavam por induzir o mal de muitos? Porém, tendo eu me encontrado na situação a qual eu ouviria estas preponderações com frequência bem maior e bem menos chances de escape, acabei por considera-las eventualmente.

E com isso, recebi o maior alívio de todos. Essas preposições jamais haviam sido fundadas em lógica ou “bem maior”, mas sentimentalismo. Sentimentalismo este que então vorazmente procurava por medidas lógicas para ser justificado. Não havia uma “verdade feia”, que o bem do mundo se daria graças ao sofrimento de outrem ou deixaria de se dar por conta de amparo aos menos privilegiados.

Então com isso, me aprofundei ainda mais nas suas maneiras de pensar, a partir de então procurando entender seu próprio funcionamento. A partir disso, passei a procurar os padrões em comum não só nas pessoas as quais eu convivia sempre mas outras as quais eu poderia interagir no meu dia-a-dia e online. Eventualmente percebi que o preconceito não visava normalizar a dor, o racismo, homofobia, trans-fobia e demais preconceitos.

Ele na verdade posta que estes não existem. Estas pessoas não veem nosso sentimento como inválido, mas literalmente de maneira inexistente. É um exagero, uma fragilidade exagerada ou uma fraqueza exacerbada.

E quando não for possível admitir a falha naqueles atingidos, é um caso a parte. Um evento incomum, que não agrega ao todo. Isso não é o resultado de uma pessoa civilizada, e vem de alguém muito provavelmente doente mental.

Eventualmente, ao ceder a esta retórica por muito tempo, passa a surgir uma problemática: O que fazer com o amontoado absurdo de fatos que se agregam contra você? A quantidade crescente de crimes claramente associados ao ódio, a ressurgência e trazida à tona de mentalidades preconceituosas?

Então que entre a pós-verdade!

É atribuído o caractere de mentira a tudo que não convenha a suas visões de mundo. Este é o buraco do coelho. Entrado nele, se dá uma descensão espiral interminável na qual a “gravidade” é o contrarianismo. Seria ele o “do-contrismo”, em português mais bem desambiguado.

Apareceram escritas com teor preconceituoso em um local público, até mesmo uma faculdade? O argumento dado será que estás foram escritas por pessoas querendo incriminar a o grupo o qual eu me encontro associado. Alguma minoria foi espancada? A atribuição do crime a ódio é uma manipulação.

Alguma minoria foi morta? Será dito que não houve relação com ódio, e se nenhum fato que agregue isso a outro crime ocorreu, ela foi morta por um agente contratado pela liderança daqueles os quais o interlocutor se opõe.

A partir dessa crescente contrariedade, opiniões tomam o teor de fatos. E quando estes “fatos” se acumulam, eles viram uma contra-narrativa. Aqueles que se enquadram nessa contra-narrativa então passam a procurar mais indivíduos que compartilham seu ponto de vista. Há então uma troca de fatos, e uma visão de mundo “sólida” é estabelecida. Visão que é então engolida por uma indústria. Uma indústria de mídia alternativa, medicina alternativa, notícias alternativas… Todos com sua “verdade feia”, verdade feia esta estranhamente confortante para aqueles que a tem.

São todos os eleitores de Jair Bolsonaro assim? Não. Me refiro à massa inconvencível, os teoristas da conspiração que angariam os indecisos contra o “grande mal” que são todos que se opõem ao seu candidato. A realidade se molda contra o Bem Estar, e em direção a uma sobrevivência que se vê ameaçada por grandes sombras que possuem poder incontestável porém imperceptível. Admito que vejo o candidato enquadrado também dentro desta mentalidade, mas concordo que isto também poderia ser uma fachada para a obtenção de votos de uma camada pouco amparada ideologicamente através da contemporaneidade.

Por muito tempo me encontrei em um dilema absurdo em relação a estes pontos de vista. O que impediria um indivíduo de argumentar que não eles que possuem todas estas características por mim a eles atribuídas? Uma reversal simples, visto que estes poderiam ser meramente dotados de suas visões de mundo, não? Somente ceticismo para uma sobrevivência num mundo o qual a verdade pode estar sendo tomada de nós há todo momento.

Mas a partir do momento que dados podem ser ignorados por sempre virem de fontes “mentirosas”, notícias “desmentidas” por serem compradas e manipuladas sempre, urnas serem fraudadas mesmo quando levam a vitória de seu candidato, citações com atitudes condenáveis estarem sempre fora do contexto, ou manipuladas, ou reais mas desvirtuadas por um ponto de vista incorreto… O que pode ser verdade? Se admitido que somente seus pontos de vista, há clara preferência. Logo o caráter cético caí e se admite como, em realidade, contrarianismo.

Nisso que fica a questão sobre a qual se entende a condição de “verdade”. Devem haver questionamentos, aprofundamentos, entendimento de coisas que são ofuscadas… Mas isso não se deve dar a esmo e sem embasamento, especialmente considerado que também se implanta uma noção de nas linhas de: “Se algo pode ser questionado, o questionamento deve ser a verdade.”

É compreensível que um lidando com esta mentalidade se encontre sufocado, enojado e em cansaço após interações em longo prazo. Esta é uma lógica de profundo estrinchamento… Mas, no que ela se justifica? De onde ela vem? Por que alguém cederia a uma realidade na qual nada pode ser realmente verídico, ou bom?

Eu proponho dois vieses. Primeiramente um de base nostálgica, e um segundo de base protagonística.

O primeiro se embasa na noção de que como as problemáticas atualmente trazidas a tona não podem ser reais, visto que nas fases anteriores da vida do interlocutor, elas “não existiam”.

“As coisas eram boas na época de Lincoln. Nada dessas políticas para o bem de ‘minorias’. Esse homem é tudo que nós precisávamos hoje, pena que morreu de causas naturais.”

A não cobertura da mídia sobre diversos casos de ódio, o preconceito generalizado e enraizado assim como a memória incompleta do indivíduo acabam por criam um teor de auto-confirmação. O passado não poderia em hipótese alguma ser ruim, já que o interlocutor recorda ele como bom. Se este fez coisas que atualmente se enquadram como ruins, seria ele ruim? Mas antes não era o todo algo bom? Mesmo se este não fosse considerado na época que praticou estas ações? Aqui se observa um entrelaçamento do passado acontecido com o passado emocional. Uma vida boa não indica que todas vivências paralelas a esta foram boas.

Esse pensamento de bem estar pessoal atrelado a bondade do indivíduo, e em especial estado do mundo como um todo então engata no segundo viés.

O indivíduo encontra-se num dilema. Aceitaria ele sua condição de erro, de culpa, ou apostaria tudo contra o mundo? Teria ele como?

A condição de “bem” muitas vezes se encontra propagada como uma constante. É uma narrativa que se aloja nas próprias estruturas narrativas atuais. Se esta pessoa teria feito algo ruim, ou até mesmo de teor maldoso… Teria ela como ainda ser boa?

Afinal, aquilo que não é bom é então enquadrado como mau. Sendo nós os protagonistas das nossas vidas, não podemos admitirmo-nos como isto. Principalmente no viés religioso. Se você almeja salvação, deve ser bom interna e inteiramente.

Então, entrada a condição de protagonista a ter seus salves, qualquer ação tomada pela pessoa em questão é visando o bem. Seja esse um bem maior num prazo suposto ou uma ação com uma verdade oculta que não pode ser compreendida. Quando ambos pontos de vista falham, ela foi irônica, uma piada incompreensível de teor que a fragilidade atual não pode lidar com.

É de um grau de perplexidade visível que uma parcela enorme do país veja as falhas nela mesma e, após considerar um pouco, clame triunfantemente:

“Eu, como sou eu, só posso fazer bem. Quem disse que eu ser essa coisa é algo ruim é quem deseja causar o mau. Logo, esta outra pessoa que clama essas coisas horríveis, e claramente vai praticar nenhuma, me representa. Ela vai chegar ao governo e validar minha bondade. Eu que sempre fui bom e fiz bem pro mundo, terei como meu governante alguém que entenda isso e acabe com as verdadeiras mazelas do planeta. Estas sendo o que me tira minhas merecidas vantagens e posições e às dá a aqueles que não merecem deixar de sofrer ainda.”

Mas a realidade é essa. O ponto de vista, em grande parte, é esse. Para que ele seja desfeito há a necessidade da compreensão da posição do indivíduo, e da desconstrução de cada etapa que o fez deste jeito.

Leitore, leitora ou leitor. É necessário que eu lhe diga a mais pura verdade em relação a estes fatos. Ninguém é “melhor” que uma pessoa que apresenta as mentalidades citadas.

Nenhuma pessoa, independente de classe, condição social, gênero, raça, idade, formação ou posicionamento político é inerentemente “boa”.

Inerência esta que também não existe para o mal. Mas sim existem apenas as ações tomadas por você, suas intenções e o impacto direto que elas geram no mundo o qual você se encontra.

Você não protagoniza sua existência, e não tem prêmios a sua espera pra toda ação bem executada.

O mundo não é justo, nem cármico ou até mesmo contrário a você. Ele é indiferente num teor de absurdez para toda pessoa que existe. Nossa existência em sociedade ocorre para que amparemos essa indiferença, desta maneira alcançando uma vida digna para cada um de nós.

Existe uma necessidade imensa que em cada uma de suas ações você vise o bem de uma maneira pensada e direta, que se você falhar exista a capacidade de aceitação do seu erro, e que talvez o ocorrido nunca possa ser consertado. Mas que mesmo assim você siga em frente e veja a necessidade do bem por ele mesmo, e nem mesmo pela redenção que ele pode ou não lhe trazer.

Você é preconceituoso, leitor. Não no sentido de que todos possuímos “pré-conceitos estabelecidos para o entendimento do mundo”, mas sim que você pensou, fez e ainda vai fazer coisas que tinham algum teor de ódio embutido e não se encontrou capaz de aceitar isso quando o fez. Você muito provavelmente tem arrependimentos a algum grau. Você disse coisas que não podem ser desditas, e tomou decisões que terão impactos negativos para o resto das vidas de outras pessoas.

Sendo “mau”, você poderia admitir falha e sua condição como fixa. Você pode ter impactos negativos e não levar isso a frente, se isolando cada vez mais e se abstendo de culpa, vista a sua “natureza”. Talvez isso seja somente pena de si mesmo.

Você pode ser “bom” também, como extensivamente mencionado nesse texto.

Mas a verdade é: Você foi, é e sempre será passível de progresso, e algumas de suas ações ficarão presas a você para sempre. Sua vida é nada mais que um processo.

Então para que haja o bem, é preciso seu esforço em direção a isso e a desconstrução das noções que fazem os outros causarem o mau e sofrimento palpável dos outros. É preciso também seu entendimento em relação a isso, e sua capacidade de saber que nem tudo lhe garantirá fama e amor de todos.

Escrevi esse texto para que pudéssemos compreender melhor como uma faixa da qual descordamos pensa, para que então talvez conseguíssemos traze-los para uma compreensão a qual eles não conseguem agregar a si.

Mas é imprescindível para o funcionamento dessa mecânica que você também entenda que é passível a estas armadilhas. A manutenção do seu si é responsabilidade exclusivamente sua, e sua posição não é superior à dos seus oponentes.

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